Este foi o título dado para a viagem deste ano. Todos
os anos entre o final de abril e início de maio um grupo de velejadores sai para um
passeio que dura entre 10 e 15 dias, dependendo do lugar escolhido. Este ano participaram os
veleiros Reponte, Comandante Rogis Barbosa, veleiro Coração de Leão, Comandante Ricardo Brauner e o Veleiro Dylan, Comandante Raul Almeida e Tripulantes, Sérgio, Antoninho, Magnus, William, Gabriel e Joel. Saímos de São
Lourenço do Sul, dia 09/5/13 com um vento calmo mas dando uma boa orça. Almoçamos do
lado sul da feitoria, com água maravilhosamente transparente. Rumamos para o
veleiros Saldanha da Gama, durante a viagem o Mauro já vinha dando apoio moral
pelo rádio. Chegando no clube o Comodoro Pier e o Mauro estavam no trapiche.
Pela noite rolou um churrasco de cabrito com cachaça com butiá, vinho e
cerveja. O Joaquim foi convocado para prozear e contar causos com o Antoninho Moreira. O Mauro, a Janice, o Sérgio Sperb e a Eunice também foram dar as boas vindas na nossa chegada. Durante a noite após o churrasco, já na hora de dormir, muito temporal com trovoadas e muita chuva para embalar o sono. Pela manhã o dia estava maravilhoso, e tinhamos combinado de pegar a eclusa
das nove, com churrasco e pernoite no sangradouro. A viagem pelo São Gonçalo é
sempre a mesma, muito motor mas com o apoio constante do comodoro Pier que
estava pescando por lá e sempre chamava no radio. Dia 11 pela
manhã rumamos para dormir na foz do rio Jaguarão. Como insistimos muito na vela
e o vento era muito fraco, uma hora antes de chegar já era noite, e com ela a escuridão total. Tivemos
que entrar no rio só no GPS. Pelas 21 horas, depois de ficar desviando de algumas redes e safando aqui e ali atracamos
no meio das moitas. Tudo amarrado e ai foi a hora de rolar a janta com aqueles aperitivos
tradicionais. Antes de chegarmos na foz, o iate clube Jaguarão, gentilmente
chamou várias vezes no rádio para saber se tudo estava bem. Pela manhã a
serração era tanta que tivemos que sair pelas 10 horas, aguardando a visibilidade melhorar. Chegando no clube, com
excelente recepção pois já tinham chamado para saber a hora de chegada, número de
barcos bem como calado e tamanho de cada um. No clube e durante os dias que se
sucederam tivemos um apoio maravilho do Coto, Sempre presente enquanto estivemos
no clube e durante toda a viagem pelo rádio. Depois de umas comprinhas no Rio
Branco, fomos comer peixe no restaurante. Pela manhã rumamos para o Rio
Taquari. Resolvemos ficar duas noites por lá e não ir mais até o Sabollati por
falta de tempo. Como a pescaria foi boa já rolou uma moqueca feita pelo
cozinheiro Magnus. Durante o dia fizemos passeio pelo rio,e já circundamos a ilha.O
lugar é maravilhoso. Depois de duas noites no Taquarí começamos o retorno.
Fizemos uma perna muito longa. Saímos pelas 7:30 hs para dormir na Ponta
Alegre. Com pouco vento tivemos que novamente usar o GPS para passar o banco.
Como o Dylan não tinha ponto e estava na frente foi só no visual da tela.
Depois de mais de duas horas de escuridão chegamos numa sanga para pernoitar. Da
ponta Alegre, pensei em dormir no sangradouro, mais tinha dois operários que
queriam chegar em São Lourenço no domingo. Era sábado quando saímos da Ponta
Alegre. Até o sangradouro com vento fraco não rendeu a viagem. Conseguimos
chegar em Santa Isabel para almoçar. Não lembro da hora. Compramos traíra
congelada para fazer à noite possivelmente na Eclusa. Quando saímos a turma dos
operários acelerou os motores. A pauleira foi tanta que embora com 20 minutos de
atraso conseguimos pegar na eclusa das 17 horas. Nestas alturas já contávamos com o apoio do Mauro tentado segurar a eclusa. Passada a Eclusa ,
já 17:40, faltava a ponte que somente abre até as 18 horas. Ai novamente
entrou o Mauro, fazendo contato por telefone e conseguindo que o operador esperasse até os veleiros estarem do outro lado da ponte ferroviária. Depois de todos os imprevistos, conseguimos chegar no Saldanha mas já a noite. No trapiche o Mauro a
Janice, o Gladimir e mais dois funcionários nos esperavam(tratamento impecável).
Pela noite peixe frito para despedida (era um filé de traíra de cada lado do
pacote congelado e no meio só tambica). Pela noite choveu bastante. Quando
acordamos já ia chamar um táxi para pegar o ônibus, e ai foi quando o Ricardo, Veleiro Coração de
Leão, sugeriu: Vamos tocar de barco? Reunião feita de um barco para outro e a decisão foi quase unânime. Sem pensar muito partimos imediatamente. O tempo ameaçava, e a cara era de temporal, resolvemos acelerar o ritmo, correndo contra o tempo, Velas para cima e motor a pleno para não dar chance ao azar, e disparando para chegar o mais rápido possível, olhávamos ao longe e parecia que o mundo ia desabar com vento e nuvens bem pesadas, mas no final não veio o vento esperado nem a chuva. Chegamos em São
Lourenço do Sul no início da tarde. Foram dez dias maravilhosos de viagem e nada deu
errado. As duas chuvas que aconteceram foram durante à noite, dormindo no
Saldanha Enfim, uma velejada perfeita, com dias maravilhosos, rodeado de bons amigos, com muita proza, boa comida, trago e pescarias, sem esquecer das boas histórias para contar, em lugares que as fotos não conseguem mostrar todas as belezas que por essa nossa região existem. Abaixo algumas fotos, visto que no total são mais de 300 e que irão deixar saudade aos que estiveram nesse passeio, bem como aos amigos que as verem, abç a todos e bons ventos...
Tripulação Veleiro Dylan, Veleiro Reponte e Veleiro Coração de Leão
Tripulação Veleiro Dylan, Veleiro Reponte e Veleiro Coração de Leão
Partida de São Lourenço
cedo pela manhã
Ilha da Feitoria
Atracados no VSG
Churrasco e muita proza
Partida pela manhã
Viola e som rolando
Santa Isabel ao Fundo
Farol da Ponta Rasa
Chegada em Jaguarão
Marcos na Entrada do Jaguarão
Churrasco em SLS para contar os causos
e reunir os amigos que estiveram presentes e os que não estiveram
mas queriam escutar as histórias
Belo relato e fotos. Muito bom ver esse convívio tão especial. Bons ventos!
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